Vasco, quase ninguém assistiu ao deplorável
Enterro de tua última quimera.
Somente o Caldeirão — vazio, como na pandemia sempre estivera —
Foi teu companheiro inseparável!

Prepara-te para a lama que te espera!
A tua (ainda) imensa torcida, que, nesta era miserável,
Sofre, entre seguidas quedas, sente inevitável
Necessidade de também cair… em série.

Vasco, toma um fôlego. Apaga o velho charuto amargo!
O beijo do falso “amigo” foi a véspera do teu escarro,
A mão que ontem por ti vibrava é a mesma que hoje te pranteia.

Se a algum vascaíno causa ainda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Com este texto, vulgarmente adaptado por mim da clássica obra “Versos Íntimos”, de Augusto dos Anjos (um dos poucos textos literários que sei de cor), despeço-me aqui do grupo Saudações Vascaínas.

Agradeço imensamente ao amigo Rafael Cordeiro pelo convite feito a mim para integrar o SV, bem como aos queridos colaboradores e igualmente amigos Dante Bruno Filho, Matheus Barboza, Roberto Guimarães, Rodrigo Machado e Orlando Donin, que sempre me apoiaram.

Agradeço também aos leitores do Saudações Vascaínas que, nestes 3 anos e mais de 150 textos por mim publicados, me incentivaram a unir duas paixões: a escrita e o Vasco.

Mesmo dilacerado pela dor de mais um rebaixamento e agora um pouco mais afastado do dia-a-dia do clube – até pra preservar minha saúde, obviamente continuo vascaíno por inteiro. Afinal, meu amor pelo Vasco não tem divisão.

 

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