Esta coluna de hoje poderia ser chamada de Fala Torcedor, pois este que vos escreve falará mais com o coração do que a razão. Mais uma vez o Vasco foi vice para o Flamengo em uma decisão, desta vez na final da Taça Rio nos pênaltis. O que falar desse jogo? Peço perdão ao leitor, pois falarei exclusivamente como torcedor que está muito chateado por essa derrota. É inadmissível tomarmos um gol da forma que tomamos e ainda por cima ir para uma disputa de pênaltis para passar uma vergonha daquelas… Por que Rossi? Corre bem, mas mal sabe bater na bola. Por que Tiago? Garoto novo que já tinha perdido na final da Taça SP. Por que Werley? Zagueiro que na final do campeonato passado já tinha perdido. Os rivais respeitaram tanto o Fernando Miguel que após o EXCELENTE goleiro pegar uma penalidade, bateram as outras no meio, o famoso pênalti de segurança, mas nenhum dos nossos tentou fazer desse jeito. Aliás, sinto muito por Fernando Miguel. Na opinião desse goleiro peladeiro que vos escreve é triste e revoltante demais você agarrar muito no tempo normal e ser penalizado pela desatenção (bobeira ou outro termo como quiserem) de seus companheiros que dão mole numa jogada de lateral. Mereciam demais serem xingados até a última geração (desculpem a falta de educação), mas não consigo ver de outra forma.
Além de não ganhar do rival, perdemos para os RESERVAS!!! Dois jogos contra os RESERVAS DELES e tomamos calor do início ao fim. Nesse jogo, o Vasco só tinha a perder. Se vence, era obrigação, agora se perdesse, era a morte, e ela veio com requinte de crueldade.
O Vasco mereceu perder? Sinceramente, sim! Um time não pode fazer um primeiro tempo tão ruim e abdicar de jogar após fazer um gol, isso é suicídio. Muitos vascaínos culparam o treinador Valentim pelo recuo do time, mas não é a realidade. Na verdade falta qualidade no meio e um poder maior de definição aos atacantes. O Vasco não pode depender de Bruno César que mais parece um velho jogando no meio de garotos e merecia até ser expulso. É um tipo de jogador que não aguenta jogar 90 minutos e muito menos prender a bola em momentos cruciais do jogo. Vive de lampejos e bons jogos contra times pequenos, como diria o saudoso comentarista Jorge Nunes (que saudade, fera) “fede a peixe”. Com isso o VOLANTE Lucas Mineiro fica sobrecarregado tendo que marcar e aparecer para armar o time nesse esquema montado por Valentim. Faltou ao Vasco “malandragem” e “experiência”. Deveriam “gastar” a bola na frente e esperar o tempo passar, mas não tem qualidade para tal e foram punidos pela bola. Mais um gol nos acréscimo tomado do rival, parece que os deuses do futebol tem gostado de nos punir em jogos contra eles. Jorginho, como gostaria de ouví-lo analisar essa outra derrota do Vasco ante ao rival. Será que do céu você comentou?
Outro fato chama a atenção, o Vasco é um time que na maioria das vezes perde em disputas de pênaltis, surreal isso. Salvo raríssimas exceções (em 2000 contra o Rosário na Argentina e ano passado contra o Jorge Wilsteman), temos perdido sempre em situações assim. Em finais só vencemos em 1977. Disputas por pênaltis se tornaram num trauma para os vascaínos.
As duas substituições queimadas na primeira etapa atrapalharam demais o time, pois devido a limitações técnicas jogamos sempre no limite. Talvez a entrada de Lucas Santos ajudasse o time, todavia o “se” não joga. Ricardo Graça não comprometeu e Raul entrou mal pra variar.
A equipe é limitada e precisa de reforços, principalmente para o setor de meio campo. Não dá para confiar nos meias que temos. Em jogos grande precisamos de um jogador diferenciado. Galhardo é bom jogador, porém oscila muito. Não dá para termos na equipe titular Bruno Silva ou Raul. Tem que contratar mais um volante pra ontem (Souza por empréstimo?).
A derrota de hoje teve um peso institucional muito grande. A última conquista vascaína em um turno contra o rival foi em 2003, e mesmo assim se deu após um empate de 1×1. A última VITÓRIA EM FINAL de turno foi em 2000 com direito a chocolate do baixinho, 5×1. As gerações mais nova tem visto um Vasco fracassado e nada vencedor. Times fracos e parcas conquistas. Provavelmente este que vos escreve ao entrar em sala de aula amanhã verá rubro-negros gozando os poucos vascaínos adolescentes que torcem para o CRUZMALTINO por imposição paterna. Isso é péssimo. O Vasco tem que voltar a ser vencedor senão o processo de encolhimento de torcida será irreversível. Fico triste com essa derrota ainda mais da forma como foi, entretanto fico mais triste ao ver torcedores mirins sofrendo por um clube que só tem dado tristeza a estes pequenos.
Tudo acabou? Felizmente NÃO! Quis esse regulamente esdrúxulo que o Vasco jogue a semifinal do campeonato contra o possante Bangu com a vantagem do empate. Na boa, se o Vasco não passar por este bravo time da Zona Oeste, tem que cair do presidente ao treinador! Talvez os deuses estão nos provando para oferecer algo maior lá na frente, pelo menos é assim que creio, pois não aguento tanto sofrimento. O melhor está por vir? Só o tempo dirá!
(+) Saudações Vascaínas (+)
boa noite. Com todo o respeito: partindo de um Vascaíno o “vice de novo” é mais cruel do que o jogo em si ou o seu resultado: A peleja em si demonstrou apenas o que sabemos: a diferença de investimento: um time franco – atirador, com Vitinho, Arrascaeta, Uribe, etc…que convenhamos demonstra ser melhor que o nosso brioso time…mas isso vimos contra Bangu (em ambos os jogos), Havai, e até contra a Cabofriense…ora… Vou atribuir o título e o texto seu, com todo o respeito – repito – mais como desabafo: não está tudo errado, na minha opinião, nem a iminente derrota terá o condão de ter que cair presidente (ele aliás é inteiramente antiético, é verdade, mas não é por uma derrota a mais que tudo estará errado; nem vitória indica estar tudo bem). Quanto ao treinador, este demonstra não ser o melhor para o Vasco: em todos os jogos o time, além de cair fisicamente, recua para garantir-se. O gol no final apenas revela isso. Está errado? evidente que sim. Mas tudo está errado? não teno certeza. Mas a derrocada do Vasco é eminentemente financeira tributável majoritariamente a Eurico Miranda ( talvez o pior presidente da história do clube, pois se fincou no poder e que “se dane o clube”, ao atribuir culpa na ASFIXIA FINANCEIRA; e para nosso azar, e em seguida, um dos maiores ídolos de todos os tempos demonstrou semelhantes práticas ao antecessor, e ainda mais despreparado, Roberto Dinamite)…até chegarmos até o mais antiético de todos: Campello, que às vésperas pela sanha de poder pelo poder se aliou à pior linhgaem política, que tanto o torcedor em geral queria ver longe). Mas alto lá: inegavelmente ele tem cumprido um bom papel até aqui, com o tanto que lhe é possível. É pouco? sempre é pouco para o VASCO…mas Roberto, calma: vice mesmo é o flamengo, historicamente. Um abraço. E parabéns pelas exposições.