O segundo turno do campeonato brasileiro começou e, com ele, chegou a fase teoricamente mais difícil para o Vasco, na qual enfrentará adversários duros fora de casa (principal tormenta para o clube da colina em 2017), tais como Bahia, Fluminense, Corinthians e Sport; e com seu mando, mas ainda longe de sua casa, a forte equipe do Grêmio.

Certamente será uma sequência das mais perigosas e que pode levar novamente o clube para a incômoda e assustadora zona de rebaixamento (Z4), obrigando-o a recomeçar todo o trabalho novamente, mas com muito menos tempo.

Afastado de sua casa pela punição imposta pelo STJD, originada pelas brigas ocorridas em seus domínios, o Vasco viu desmoronar em poucas rodadas, a pequena gordura que construíra e que o fazia estar com razoável conforto na tabela, se posicionando em algumas rodadas entre a sexta e a oitava posições.

E não foram poucos os motivos que levaram a equipe a enfrentar seu pior momento no campeonato, com rendimento bastante questionável e a demonstração de suas fragilidades evidentes.

Fator 1 – Campo – Como já falamos, atuarmos longe de São Januário e, principalmente no péssimo estádio de Volta Redonda, que conta com um gramado em estado lastimável, foi um desastre, agravado pelo fato de precisarmos ser protagonistas das partidas, por causa do mando de campo.

Fator 2 – Lesões – Justamente em um momento que o time começava a apresentar um certo padrão, as lesões de Jean, Bruno Paulista, Luis Fabiano, Ramon, Manga e Wagner (que começava a melhorar), entre outros menos importantes, desequilibrou o time, que não conseguia mais reter a bola com qualidade, perdia a referência no ataque e mostrava sua fragilidade na lateral esquerda, com a volta de Henrique.

Fator 3 – O Caso Nenê – Já fragilizado por todos esses problemas, após o primeiro jogo de suspensão, onde a equipe jogou contra o Santos com os portões do Engenhão fechados, o meia Nenê, que voltara a praticar um futebol mais produtivo, após fase inicial apagada, solicitou afastamento da equipe, alegando o recebimento de uma proposta do exterior. Imediatamente, a diretoria e a comissão técnica atenderam sua solicitação e o jogador passou a treinar em separado, esperando a confirmação da proposta, que acabou não vindo, criando um clima muito ruim para o ambiente do clube.

Fator 4 – Opções erradas do técnico – Se, com uma equipe mais bem preparada e com maiores opções, Milton Mendes já se atrapalhava nas decisões que tomava dentro de campo, sendo muito questionado por sua insistência em jogadores mal posicionados e com rendimento abaixo do esperado, com um elenco reduzido pelas lesões então, e pela ausência de Nenê, o técnico do Vasco se superou, mostrando que possui muita dificuldade em variar adequadamente a equipe e retirar o melhor de cada peça que possui à disposição.

Milton Mendes acabou por jogar fora, o pequeno padrão que ainda restara ao time, transformando-o em um time sem criatividade, entrosamento e poder ofensivo, tanto que ficamos vários jogos sem marcar.

Voltando aos jogos do segundo turno, esperamos que o retorno dos seus principais jogadores, principalmente Luis Fabiano e Ramon, que voltaram bem contra o Palmeiras, Wagner e Nenê (esse último já reintegrado à equipe), que também participaram desse confronto no dia dos pais, e a esperada estreia de Anderson Martins, consiga ajustar a equipe, devolver-lhe um padrão de qualidade aceitável e afastar as previsões pessimistas para esse início de segundo turno, devolvendo-nos a gordura que perdemos, para que tenhamos tranquilidade para concluir o campeonato, ao menos, de forma decente.

Saudações Vascaínas