ZAGA OU PENEIRA?

As Peneiras de Areia são bastante utilizadas na construção civil com a finalidade da peneiração de materiais finos para obtenção de um acabamento perfeito. Já no futebol, o termo pode variar de significado, mas comumente pode se referir a uma peneira para prospecção de jogadores, como também para se referir a uma zaga ruim e bem vazada.

A pergunta que não quer calar é a seguinte: O Vasco tem uma zaga ou uma peneira? Essa indagação parece ser uma piada de mau gosto direcionada por um rival a nós, porém não é. De fato cabe uma reflexão geral ao nosso desempenho defensivo no ano de 2018. Se formos levar em consideração os números, poderíamos dizer que é uma peneira, seria cômico se não fosse trágico. Até antes do jogo do próximo Sábado contra o Santos, o cruzmaltino tem a marca de 72 gols sofridos, uma marca impressionante.

É mais do que absurdo um time dito grande levar essa quantidades de gols numa única temporada, aliás, a temporada nem chegou ao fim ainda. Muito embora tínhamos outrora como dupla de zaga Erazo e Paulão (já saíram), todavia melhoramos os nomes da retaguarda e continuamos a sofrer gols e, o pior, da mesma maneira. Chama a atenção o fato das seguidas mudanças nas duplas de zaga. Não conseguimos emplacar com regularidade uma dupla sequer. Nos últimos jogos por exemplo, salvo por força maior, estamos jogando com Luiz Gustavo e Bruno Silva (improvisado). Eles vinham até bem, mas nos dois últimos jogos estiveram um pouco abaixo e voltamos a sofrer gols de cabeça (sina desse ano) por falha no setor de marcação. Muito embora saibamos que um sistema defensivo não dependa somente dos zagueiros, haja vista que a marcação do laterais seja primordial, existe um defeito (além do técnico) grave percebido, a falta de comunicação. O último gol sofrido contra o Atlético-PR deu pra perceber claramente. Dois jogadores entrando na área e só um marcando. Deu pra notar que ninguém gritou para alguém acompanhar o jogador do furacão de 1,78 m. No caso específico, a altura nem fez diferença, pois o jogador cabeceou sozinho sem marcação.

Temos no elenco disponíveis para o setor defensivo os seguintes jogadores: Breno, Leandro Castán, Werley, Ricardo Graça, Luiz Gustavo, Henriquez, Miranda e agora desde ontem o zagueiro Lucas Kal (vindo do São Paulo). De todos os citados, os únicos em condições de jogo inicialmente são: Luiz Gustavo, Miranda e Ricardo Graça. Um que vem jogando, e dois garotos da base, nem citei o Bruno, pois está quebrando um galho. A situação é desesperadora, estamos improvisando um jogador para suprir as ausências.

Com certeza o Vasco é o clube com mais jogadores lesionados no futebol brasileiro. É impressionante a quantidade de atletas no estaleiro. Alguma coisa deveria ser feita, pois não é normal. Já temos um plantel extremamente fragilizado no ponto de vista técnico e, ficar sem alguns jogadores tem nos prejudicado muito, na defesa então, nem se fala.

Os erros são tão primários que parece até piada. Todas as bolas alçadas á área do Vasco são “um deus nos acuda”, ou como diria o filósofo do revaldo, “barata voa”. São inúmeros erros, desde a falha de posicionamento até a falta de comunicação. Muda nomes e os gols continuam a sair da mesma forma. A zaga dita “titular” é um problemão para o Vasco. Breno tem problemas sérios no joelho e não conseguiu empalcar 15 jogos na temporada, ou seja, não podemos contar com ele. Já Leandro Castan, se machucou no jogo contra o Ceará em São Januário e permanece de fora. Werley ainda se recondiciona fisicamente para voltar e Henriques, não temos uma previsão, talvez por isso a diretoria tenha se movimentado para trazer mais um zagueiro, mesmo o time precisando urgentemente de mais um meia.

Esperamos que Alberto Valentim arrume essa defesa o quanto antes, pois estamos apenas com 24 pontos e com risco de mais uma queda. Tem que aproveitar alguma semana livre que teremos por conta de jogos da Copa do Brasil e Libertadores para ajustar esse time, pois é nítido a perda de tempo com Jorginho no comando.

(+) Saudações Vascaínas (+)