16 de dezembro de 1989. O vascaíno mais antigo e ferrenho talvez lembre. A referência ao ano pode indicar alguma coisa, mas a referência tem um nome: Sorato !

O jovem promissor centroavante de São Januário era a parte mais jovem de um time “cascudo”, experiente, com vários jogadores já renomados e que tinha uma campanha irrepreensível.

Chegava à final precisando de apenas um vitória em 2 jogos da finalíssima. Escolhera jogar o primeiro jogo fora, contra o São Paulo, para fazer a última partida em casa. Morumbi lotado, torcida adversária pressionando e empurrando o adversário, mas nosso time era muito superior na parte mental e na capacidade de ser vencedor.

Parecia que jogava em casa. Tomou pressão? Sim! Mas nada avassaladora. Fomos “cozinhando” o jogo quase que “em banho-Maria”, e, como uma serpente, armamos o bote na melhor condição que tínhamos, fazendo um contraataque com o toque de bola que marcava aquele time.

Passando por Mazinho, Sorato, Bebeto, Boiadeiro, Bismarck, um cruzamento de manual de Luis Carlos Winck (que, hoje, nenhum lateral faz mais, ainda mais de primeira) e a cabeçada fatal do nosso xodó-artilheiro. A comemoração desordenada, com pulos, braços girando, era o resumo da explosão de alegria do torcedor vascaíno. eram 5 minutos do segundo tempo e a taça era nossa.

O restante do segundo tempo só realçou as qualidades daquele time. Acácio fez 2 defesas monstruosas, típicas do nosso camisa 1. Tivemos mais 2 contraataques espetaculares, que foram desperdiçados por Bismarck e Sorato. Mas nada mais tiraria o nosso título.

Quinze anos depois, o Vasco voltava a ser o maior do Brasil. Nosso Bicampeonato reafirmava a Cruz de Malta no ponto mais alto do Brasil. O Vasco novamente ficava no seu lugar de direito e de conquista.

Esse escritor era só um menino, na casa de tios e primos torcedores rivais, tinha o maior orgulho de vestir a camisa vascaína e gritar: “É campeão!!!”.

A minha lembrança feliz da infância traz uma mistura de sentimentos: uma lembrança muito feliz e um saudosismo que sabe o quanto hoje estamos distante dessas conquistas novamente.

Que o Vasco trabalhe duro e volte a ser a potência que sempre foi. Não só de lembranças de faz uma torcida. É muito bom relembrar as conquistas, mas o presente deve ter a chama da esperança ativa. Não pode ser apenas um braseiro que só queima as memórias do fanático torcedor.

/+/ SAUDAÇÕES VASCAÍNAS /+/

Rafael Cordeiro