Hoje a coluna “Jogos Memoráveis” chega em dose dupla! Sim, os dias 25 e 26 de janeiro de 1992 são dignos de registro, ainda mais numa semana tão especial para o Vasco da Gama.

No dia do aniversário da Cidade de São Paulo daquele ano, o Gigante da Colina chegava pela primeira vez à final do mais importante torneio de base do futebol brasileiro. Aquela equipe era formada por jovens valores que, nos anos seguintes, ajudariam o clube a conquistar vários títulos no grupo de profissionais.

 

Na partida final da “Copinha” de 92, o Vasco sagrou-se campeão nos pênaltis (5×3), após empate por um gol no tempo regulamentar. O escrete que entrou em campo contra o tricolor paulista tinha com nomes como:

  • Caetano: bom goleiro, mas eterno reserva do ídolo Carlos Germano;
  • Pimentel: lateral que assumiria bem a vaga deixada no time principal por Luís Carlos Wink;
  • Alex Pinho e Tinho: zagueiros de muita raça e sempre presentes entre os profissionais;
  • Leandro Ávila: o “carequinha”, titular e campeão no Vasco e em outros clubes rivais;
  • Vítor: o camisa 10 daquele time era um meia habilidoso, mas teve a carreira precocemente encerrada por uma lesão no joelho;
  • Valdir Bigode: artilheiro do Vasco naquele e em vários outros torneios (fez, inclusive, o gol vascaíno no tempo regulamentar), sempre foi bastante identificado com a torcida cruz-maltina, tendo sido até mesmo treinador interino do Gigante da Colina;
  • Hernande: talvez o mais promissor daquele time, acabou preso por se envolver em um acidente automobilístico e, mesmo após a liberdade, nunca mais se destacou.

Além deles, outros 3 jogadores fizeram parte do grupo, mas não jogaram a decisão: a dupla de meias Yan e Gian, multi-campeões com o Vasco, nos anos seguintes, e do Mundial Sub-20 com a Seleção Brasileira; e um certo Edmundo, personagem da próxima memória.

No dia seguinte à conquista da “Copinha”, os “adultos” do Vasco iniciavam sua campanha no Campeonato Brasileiro daquele ano. O elenco era recheado de craques: Bebeto, Sorato, Wink, Alexandre Torres, Geovani, Willian… e Edmundo! Sim, o então jovem atacante foi “convocado” para integrar o grupo de profissionais antes mesmo da conclusão da Copa São Paulo de Futebol Junior porque o técnico Nelsinho Rosa já confiava no seu talento. Tanto que o escalou como titular da equipe na estreia, contra o alvinegro da capital paulista.

Lembro-me bem de assistir à partida na casa do meu tio Antônio (que me cooptara para ser vascaíno, alguns anos antes). Este escritor, então um pré-adolescente, assistiu a um espetáculo proporcionado pelo Vasco: em pleno Pacaembu (mesmo palco do título da véspera), atropelamos o adversário com um sonoro 4 a 1. Edmundo não fez gol, mas, ao lado de Bebeto, foi o melhor jogador daquele jogo. Apenas a primeira de grandes exibições do “Animal” (pra nós, “Bacalhau”) com a camisa cruz-maltina.

E você, leitor, lembra desses ou de outros feitos do Gigante da Colina? Comente no site ou nas nossas redes sociais. Até o próximo “Jogos Memoráveis”!

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Fonte: ogol.com.br; netvasco.com.br

/+/ Saudações Vascaínas /+/

Mauro Amorim Filho
Cronista, Gaúcho de nascimento e criado no Rio de Janeiro.
Servidor público e pós-graduado em Direito, este filho e neto de portugueses herdou deles o amor pela Pátria-Mãe e pelo Club de Regatas Vasco da Gama.
O sentimento foi evidenciado pela primeira vez no dia 19 de junho de 1988, quando, ainda menino, viu pela TV um certo Romário abrir o caminho da vitória e do título estadual sobre o arquirrival.
Desde então, esse menino cresceu e, com ele a paixão pelo Gigante da Colina, tanto na admiração por muitos ídolos que passaram por São Januário quanto pela alegria com as inúmeras glórias alcançadas pelo time da Cruz-de-Malta.
Amante das letras, Mauro traduz em verso e prosa o traço de união Brasil-Portugal tão bem delineado pelo Vasco.