Quando falamos em Campeonato Carioca de 1987, a primeira (ou a maior) lembrança de todo vascaíno que viveu aquela conquista é a da imagem acima: o ex-rubro-negro Tita, com o rosto coberto pelo manto cruz-maltino, correndo meio sem rumo para comemorar o seu gol, justamente contra o Flamengo, que decretou nosso título.

Mas o que poucos recordam é que um dos grandes rivais do Gigante da Colina naquela campanha vitoriosa foi o Bangu, nosso adversário do próximo domingo, pela semifinal do Estadual. Esse é o tema do quadro “Jogos Memoráveis” de hoje.

Nos anos 80 do século passado, o Bangu tinha um grande time, que costumeiramente chegava às fases finais dos estaduais e que chegou a ser vice-campeão brasileiro em 1985, quando perdeu nos pênaltis o título para o Coritiba. Para o Vasco, o Bangu vinha sendo uma “pedra no sapato”, já que desde 1983 não vencíamos os “mulatinhos rosados”.

Mas o tabu foi quebrado em 1987: com um show de Paulo Roberto, Mauricinho e Romário, o Vasco enfiou 3×0 no Bangu e acabou conquistando a Taça Guanabara daquele ano.

Só que o Bangu venceu a Taça Rio e, ao lado do Vasco (campeão da Taça GB) e da dupla Fla-Flu (estes por critérios técnicos), classificou-se para o terceiro turno do Estadual. Após mais uma vitória vascaína sobre o Bangu por 3×0, as duas equipes voltaram a se enfrentar pelo triangular semifinal da competição. Desta vez, o Vasco foi ainda mais impiedoso: 4×0!

O restante da história a torcida vascaína conhece bem: enfrentamos o arquirrival rubro-negro no jogo decisivo e vencemos por 1 a 0, com aquele gol inesquecível do Tita!

Que essas lembranças nos estimulem para vencermos o Bangu e, depois, quem sabe, conquistarmos mais uma Taça!

 

/+/ Saudações Vascaínas /+/

Mauro Amorim Filho
Cronista, Gaúcho de nascimento e criado no Rio de Janeiro.
Servidor público e pós-graduado em Direito, este filho e neto de portugueses herdou deles o amor pela Pátria-Mãe e pelo Club de Regatas Vasco da Gama.
O sentimento foi evidenciado pela primeira vez no dia 19 de junho de 1988, quando, ainda menino, viu pela TV um certo Romário abrir o caminho da vitória e do título estadual sobre o arquirrival.
Desde então, esse menino cresceu e, com ele a paixão pelo Gigante da Colina, tanto na admiração por muitos ídolos que passaram por São Januário quanto pela alegria com as inúmeras glórias alcançadas pelo time da Cruz-de-Malta.
Amante das letras, Mauro traduz em verso e prosa o traço de união Brasil-Portugal tão bem delineado pelo Vasco.